segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O lado obscuro por trás dos parques temáticos "Sea World"

Para quem está diariamente ligado à causa animal, sabe que está sendo frequentemente noticiado a queda das ações e lucros dos parques de entretenimento nos EUA Sea World.
Mas porque isso vem acontecendo? Como um parque de diversões consagrado como roteiro turístico no mundo todo pode estar num gráfico decrescente?


Tanto falamos sobre proteção aos cães e gatos que nos esquecemos da falta de respeito que ocorre com os outros animais ao redor do mundo. É cruel pensar que uma baleia que viveria mais de 100 anos na vida selvagem é retirada da sua família para viver de 25 a 30 anos em um tanque de concreto.
Em 2012, após a morte de uma treinadora no Sea World, foi criado o documentário BlackFish (assista aqui: http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-blackfish-furia-animal-dublado-online.html) que mostra toda a crueldade por trás da "magia" do Sea World. Desde a retirada das baleias de suas mães, ainda filhotes, até a sua vida inteira dentro de tanques estreitos. Tudo isso com depoimento de ex-treinadores, vídeos inéditos de dentro do parque, depoimentos de profissionais da área, entre outros..
É realmente incrível toda a máfia desta indústria empenhada em fazer parecer com que os acidentes ocorridos dentro de seus parques foram culpa das orcas. Escondem toda a informação correta, seja nos jornais, televisões, e até dos próprios frequentadores. Um exemplo, retratado no documentário, os monitores do parque dizem que as baleias chegam a viver MAIS em cativeiro do que ao mar aberto, pelo bom tratamento que elas recebem. Dizem que a cauda caída (imagem) é normal, ocorre conforme a idade, o que não passa de uma enorme mentira.
Somente assistindo você poderá entender a revolta de todos nós e o verdadeiro culpado para a formação das "baleias assassinas".

Após ampla divulgação desse documentário, esse ano as boas notícias começam a aparecer.
"Mobilização contra maus-tratos a animais afeta lucro do SeaWorld": O Globo
O lucro do SeaWorld foi afetado pela campanha contra o parque aquático realizada com apoio da ONG Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais (PETA, na sigla em inglês). Segundo o jornal de finanças americano, o SeaWorld registrou um resultado desapontador no segundo trimestre e reduziu sua previsão de lucro para este ano, afirmando que o recente debate na mídia sobre a forma como trata suas 23 orcas cativas afetou o fluxo de visitantes em seus parques.

"Frequência ao Sea World tem queda de 13%": One Green Planet

Apesar de fracassadas tentativas de salvar a reputação do parque  - desde cartas abertas denunciando o filme Blackfish até anúncios no Twitter desfazendo “mitos” sobre o tratamento de suas orcas – a empresa já não está mais no pedestal quase intocável onde já esteve uma vez. Tudo isso graças à reação do público após assistirem a Blackfish e às campanhas posteriores de organizações como a Oceanic Preservation Society. O Sea World informou recentemente que sua frequência caiu em 13%  este ano até agora. O parque declarou diversas vezes que não sofreu qualquer perda como resultado do lançamento de Blackfish, mas parece que estes novos números estão contando uma história diferente. O documentário deve continua a cativar a atenção do público. O SeaWorld já não está mais isolado em seu seguro casulo. A verdade foi revelada e cada vez mais evidências continuam a aparecer.


"Documentário de US$ 76 mil atinge reputação dos parques Sea World": Folha
Pode um documentário orçado em US$ 76 mil colocar na berlinda uma empresa avaliada em US$ 2,5 bilhões? A resposta é sim.

"Seaworld anuncia construção de novos tanques gigantes para suas orcas": UOL

Em nota, a Seaworld Entertainment informou a "incorporação de um enorme e inédito ambiente artificial para orcas em seus três parques" com animais marinhos.
O anúncio foi divulgado dois dias depois de o SeaWorld, com sede na Flórida (sudeste dos EUA), informar a queda de 5% em seus ganhos no primeiro semestre, provocada, entre outras coisas, pela pressão exercida pelos defensores dos animais contra o uso de orcas para espetáculos - admitiu a própria empresa.
O primeiro tanque, que será construído em seu parque em San Diego, Califórnia, conterá quase 38 milhões de litros d'água, ocupará 6.000 metros quadrados de superfície e terá 15 metros de profundidade, informou a empresa.
O novo hábitat das orcas, que dobrará em dimensões os atuais, será concluído em 2018. Os outros parques, em Orlando, Flórida, e San Antonio, no Texas, também incluirão novos tanques.
A SeaWorld acrescentou no comunicado que também destinará US$ 10 milhões "ao estudo e à proteção de orcas em seu ambiente natural, assim como do oceano onde vivem".
A campanha contra o uso das orcas em espetáculos alcançou um pico no ano passado, com o lançamento do aclamado documentário "Blackfish", que investigou o impacto do cativeiro nas orcas do SeaWorld e o ataque de uma delas, Tilikum, que resultou na morte de um treinador.
O grupo Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA, na sigla em inglês) qualificou o anúncio do SeaWorld de uma tentativa da empresa de ganhar tempo, em um momento em que "o povo compreende o sofrimento das orcas em cativeiro".
"O que poderia salvar a empresa seria o reconhecimento de que precisa não de tanques maiores, mas levar as orcas para santuários marinhos para que possam voltar a sentir o oceano e escutar seus familiares (...). Uma prisão maior continua sendo uma prisão", afirmou a PETA.


É só mexer no lucro que logo se propõe a fazer reformas para melhorar a imagem.
Por outro lado, fortalece a causa ver que o mundo se sensibilizou com esses animais indefesos, e fez o mais certo em qualquer protesto: Não consumir mais os produtos e serviços oferecidos por empresas que não pregam pelo bem estar animal.